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Parte importante do nosso produto e do nosso discurso comercial está intimamente relacionado à web performance. Nesse contexto que a gente está trazendo, web performance é a possibilidade, é a maneira que você mede, tanto qualitativamente quanto quantitativamente, a velocidade do seu site e o tipo de experiência que ele está entregando para o seu cliente

Quando a gente está falando de web performance, normalmente a gente tem as seguintes análises:

  1. Temos análise sobre a velocidade de carregamento do seu site, ou seja, quanto tempo ele demora para mostrar uma página, quanto tempo demora para o usuário conseguir interagir com aquele site e quão consistente está sendo essa entrega desses conteúdos no frontend, no navegador do cliente.

  2. Outra análise é entender quanto tempo tá demorando para o site ficar interativo, ou seja, quão rápido o usuário consegue começar a interagir com aquele conteúdo. Às vezes é simplesmente fazer um scroll, é clicar num botão. Enfim, quanto tempo aquilo está utilizável por alguém.

  3. Também avaliamos a suavidade e interatividade do site. Isso quer dizer, quando você faz um scroll, o conteúdo vem de uma maneira natural, a imagem carrega de uma vez só, do momento que você entendeu que aquele conteúdo já chegou para você. Não parece que tem algum bug ali, alguma instabilidade. Isso também é levado em consideração em web performance.

  4. E por fim, a performance também percebida. Às vezes você não tem como fazer um conteúdo ser carregado mais rápido do que ele já está sendo feito, mas você pode dar algum feedback que dê conforto pro seu usuário. Ou seja, uma coisa muito típica é um percentual do carregamento daquele conteúdo daquela página, que mostra que algo está acontecendo, que aquela experiência não está quebrada e que é só esperar um pouquinho.


Ao longo do tempo, o Google foi gerando pesquisas, métodos, tutoriais para ajudar os web developers, quem está desenvolvendo os sites, a criar sites cada vez mais rápidos, a entender performance. Por ser o Google esse material que eles criaram é logicamente o norte que guia toda a comunidade de desenvolvimento na criação de experiências rápidas. Logicamente, todo mundo entende que ao seguir as diretrizes dele, você vai ter mais acesso orgânico e um custo de aquisição, um CPC nas mídias pagas, mais baratos, porque você está de acordo com os incentivos que eles estão colocando para o mercado.

As métricas que compõe essa guia, esse norte que todo mundo está olhando e a gente também se chamam Core Web Vitals. São métricas que te ajudam a entender objetivamente como seu site está performando em termos de velocidade, de interatividade e também de estabilidade da experiência, de consistência.

  • A primeira métrica é o Largest Contentful Paint (LCP), ou seja, é o tempo de carregamento do maior elemento que está naquela página. Muito normalmente isso é uma imagem. E o Google sugere, ele na verdade, cria critérios de que esse indicador tem que ser abaixo de 2,5 segundos.

  • Uma outra métrica é o First Input Delay (FID). Isso quer dizer quanto tempo demora para aparecer algum elemento que gere interatividade, e que o usuário possa reagir a ele e interagir com ele. O Google sugere que essa métrica esteja abaixo de 100 milissegundos para acontecer.

  • Também temos a métrica Cumulative Layout Shift (CLS). Ela tem como objetivo medir a estabilidade da sua experiência enquanto ela carrega o conteúdo. Segundo o Google, você tem que fazer isso em menos de 0,1 segundos.

  • Em seguida, temos também o First Contentful Paint (FCP). Ele quer medir quando aparece a primeira coisa que o cliente consegue olhar, que o visitante consegue ver na página e entender que vem alguma coisa ali. Nessa métrica, o Google sugere que seja feito mais rápido do que 1,8 segundos.

  • E por fim, temos o Total Blocking Time (TBT), que é um intervalo entre o First Contentful Paint e o Time to Interact, que é basicamente o tempo que demora tudo pra acontecer e você ter algo utilizável. O Google sugere que isso seja feito em menos de 200 milissegundos.


Existem algumas ferramentas disponíveis até gratuitamente online para você medir a velocidade de um site. Para listar algumas, você tem um GTmetrix, Pingdom, WebPage Test. Você tem o Google Page Insights e o Google Lighthouse. Essas duas, por serem fornecidas pelo Google, são mais alinhadas com a maioria da indústria e é o que a gente mesmo usa para ver a velocidade do nosso site.

A distinção é importante entre os dois serviços do Google, é que o Lighthouse, quando você roda ele via Web Tools, ele vai pegar as configurações da sua máquina e da sua conexão para testar aquele site. Ou seja, tipicamente é um desenvolvedor, um designer, uma máquina moderna numa conexão boa. Já o Google Page Insights, ele tem duas métricas diferentes uma é melhor do que a outra. O Web Vitals quando ele traz as informações do Web Vitals, aqueles são dados reais que ele guardou da navegação daquele site específico através do navegador. Já os dados, que são de performance, ele pega de uma média da tecnologia do brasileiro, ou seja, ele vai pegar um Moto G numa conexão que não está ótima, o que também é muito mais rigoroso que o Lighthouse. Então é por isso que a gente foca mais nos resultados do Google Page Insights.


Um caso muito legal da gente vê na prática é o caso da ZeeDog, que foi a primeira loja a implementar a deco.cx. Você entrando aqui no PageSpeed Insights do Google, a gente tem dois relatórios diferentes e é muito importante você distinguir o que cada um deles fala.

Esse primeiro bloco aqui de cima ele está falando do Core Web Vitals, ou seja, quais são as principais métricas da web que eu falei aqui no curso. Então é o LCP, FIP, e por aí vai. E quando você entra no site da Zee Dog, uma pessoa que vai analisar e falar do case da deco.cxm vai falar: "Olha só! Olhei aqui, e vocês estão reprovados no celular. Veja só como é que não funciona". E aí você vai rodar para baixo, e esse aqui, na verdade é um diagnóstico de desempenho, e a nota que normalmente todo mundo vê, vai bater 37. E aí quem quiser realmente falar mal fala: "Olha só, vocês não conseguem entregar a performance". Mas vamos entender cada um desses relatórios e é a parte deles.

Esse relatório de desempenho ele é focado em dados de laboratório. O que quer dizer isso? Ele rodou agora em tempo real o carregamento dessa página que foi a home do site, usando um Moto G Power, e uma limitação de 4G. Ou seja, um celular que seria médio para baixo no Brasil. E aí, quando você vê aqui, ele está reprovado também. Então, na verdade, a home page da Zee Dog, ela não está dentro das principais métricas de Core Web Vitals do Google. Mas ao clicar em origem, ao invés da URL da home, ele dá aprovado. O que isso quer dizer então aqui para o Google? Que esse site, na média todas as páginas dele está entregando um desempenho de altíssimo nível, no Core Web Vitals. E portanto, esse site vai receber mais tráfego e mais relevância.

Isso aqui é muito mais importante, porque na verdade, o que ele coleta aqui, no Core Web Vitals, são os últimos 28 dias de tráfego nesse site, as visitas inteiras, em diferentes dispositivos móveis e diferentes conexões. Então, a história que esse relatório está contando é a seguinte: esse site realmente tem uma home page que está pesada e esse site realmente dá uma experiência ruim para quem tem um celular Moto G Power e limitação de 4G, mas na verdade o cliente que entra nas Zee Dog, ele provavelmente, o cliente médio, não está usando uma conexão ruim e muito menos um aparelho mais antigo. Ele deve estar usando um iPhone e um Samsung super moderno e numa conexão 5G.

Então o time da Zee Dog, ele se guiou muito mais pela experiência que ele estava criando de fato para os clientes dele e conseguiu aprovação no que eles precisavam do que meramente tirar uma nota nesse dado de laboratório. E, para outros negócios pode fazer sentido. Uma loja como a Lojas Torra, por exemplo, que é de modo acessível, é mais importante o desempenho que é feito por laboratório está mais alinhado com Core Web Vitals.

Então é isso que é importante saber na hora de apresentar pra um cliente, não cair numa pegadinha ou numa dúvida que você não consegue explicar.


Porque a performance é importante?

Talvez você já saiba disso e provavelmente os seus clientes também já sabem disso. Mas eu vou aproveitar aqui para declarar o óbvio para todos nós:

Velocidade de carregamento afeta conversões diretamente e afetam as vendas de uma plataforma de comércio.

Existem dezenas de pesquisas e evidências sustentando esse fato. Por exemplo, uma dessas pesquisas apontou que aumentando a velocidade do seu site em 0,1 segundos, pode aumentar as vendas em até 10%. Em um site que não seja um e-commerce, seja um site institucional ou de captura de lead, esse aumento pode gerar até 7% de aumento dos pageviews.

Outra pesquisa, e essa é a do próprio Google Research, aponta que a chance do seu bounce aumentar é de 90% se o seu site ficar mais lento, partindo de 1 segundo para 5 segundos. No caso do seu site carregar em mais de 10 segundos, a chance do seu bounce aumentar é de 123%. Ou seja, é uma certeza que você vai aumentar o seu bounce.

O cruel dessa métrica, dessa pesquisa e todo o varejista vai sentir essa dor como a gente sente e que você, nesse caso, está perdendo o tráfego que você já pagou para ter. Você já fez as iniciativas de SEO. Você já lutou pelo posicionamento orgânico. Você já pagou pro próprio Google pra ele mostrar sua marca e seus produtos nas suas ferramentas de busca e mesmo assim você está perdendo uma parcela desse tráfego, simplesmente porque o cliente não consegue ao menos ver o conteúdo que você está entregando. Ele não consegue nem reagir àquela página e acaba dando bounce, indo para o concorrente.

E falando de desempenho, ou velocidade de carregamento da sua página, ele provavelmente está afetando três métricas importantes do seu negócio:

  1. A primeira delas a gente já falou aqui, é a conversão. Isso quer dizer, em qualquer cenário que o usuário chegou à ação final que você gostaria. No caso de um ecommerce, logicamente, a compra. Uma outra pesquisa aponta que um site que carrega em 1 segundo verso um site carrega em 5 segundos, converte 3x mais. Uma pesquisa também aponta que a Amazon perderia U$ 1,6 bilhões ao ano caso seus sites ficassem meros 1 segundo mais lentos. Isso é uma eternidade para as métricas do mundo digital.

  2. Uma outra métrica que eu já falei é a visibilidade para o Google, que está relacionada ao SEO. Ou seja, o Google vem desde 2020 incentivando experiências mobile first que sejam rápidas e gerem engajamento. Explicitamente ele falou que vai favorecer as marcas, os ambientes que tenham esses critérios. E esse é justamente o mais difícil hoje você conseguir nas plataformas de comércio. Se você rodar os site, vai ver que muitos tem uma experiência desktop média batendo uma nota 70, 80, mas o mobile tipicamente está abaixo de 30, ou seja, uma grande oportunidade de ser descoberto e ganhar mais tráfego no Google.

  3. Por fim, temos a usabilidade. Clientes voltam e tem uma relação com marcas que entregam experiências prazerosas, agradáveis de consumo também. Uma pesquisa pela Ericsson apontou que o nível de estresse de alguém que está esperando mais de 6 segundos para ver o conteúdo num celular é igual a ver um filme de terror.


Nos últimos 15 anos, os desenvolvedores web foram ficando cada vez mais afeitos ao JavaScript. O JavaScript veio para estender as possibilidades de experiência web. Você criar um menu com uma animação, você cria algum elemento que carrega na página sem você precisar recarregar a página inteira. O JavaScript é uma linguagem muito boa e versátil, por isso a gente vê ela em todos os lugares, desde mobile, aplicativos, até na televisão e tudo mais, tem algum nível de JavaScript.

Por definição, JavaScript não tem problema nenhum. Na verdade só ajudou a gente. Porém, enviar altos volumes de código pesado para o navegador vem afetando sim o desempenho dos sites ao longo do tempo. Além disso, a proliferação da comunidade em torno do JavaScript criou dezenas de opções de bibliotecas e frameworks. Então, agora um desenvolvedor júnior precisa dominar tudo isso para subir uma simples página no ar. Então, o dado concreto é que as páginas vem ficando mais pesadas e mais lentas ao longo do tempo. Uma página normal hoje carrega mais de 1MB de JavaScript para funcionar.

Um parâmetro legal é a gente imaginar, que não muito tempo atrás, o software que levou o homem à Lua pesava somente 4kb. Então uma página hoje dessa que carrega em 1MB é 250x mais pesada do que o software que levou o homem à lua. Um software super poderoso com cálculos complexos. Uma outra pesquisa do Google Research apontou que os sites estão carregando no celular em média em 15 segundos, o que é uma eternidade na internet.

A deco.cx fez algumas apostas de arquitetura tecnológica para conseguir entregar essa performance nunca antes vista:

  • A primeira aposta da arquitetura da deco.cx foi mudar a maneira que a gente dá deploy no código. Ou seja, entrega ele para o navegador do usuário final. Tipicamente, as aplicações de comércio eletrônico hoje tem um servidor estático num lugar só, normalmente nos Estados Unidos, o que faz o código ter que navegar até os Estados Unidos e voltar. Só nesse trajeto você já saiu da zona de carregamento instantâneo. Ou seja, da maneira que o usuário percebe que aquele conteúdo carregou na mesma hora. No serviço que a gente usa o dele. A gente, na verdade, entrega o código em 35 regiões espalhadas pelo mundo. Ou seja, a gente garante que o servidor que estava aquele código está sempre bem pertinho do usuário.

  • Como eu acabei de falar na sessão anterior, o JavaScript, o crescimento dele, a proliferação e seu uso em diferentes lugares de aplicações vem deixando realmente os sites mais pesados, seja com códigos First Party, usados mesmo para desenvolver ali, por exemplo, um menu; seja os códigos Third Party, ou seja de terceiros, como tipicamente a gente usa um GA ou outro serviço de analytics. E na estrutura da deco.cx a gente vem reduzindo o JavaScript ao máximo, com diferentes soluções que você pode ver depois na nossa documentação técnica. Então, quando você pega a loja tema, por exemplo, a gente mostrou na demo por padrão, ela manda zero JavaScript para o navegador, tendo um ganho gigantesco de performance.

  • Por fim, a gente também escolheu não desenvolver uma linguagem própria de programação, mas se alavancar das linguagens mais famosas, mais populares, para a pessoa poder aprender deco.cx muito rápido. Então a gente usa o Preact que é uma versão otimizada do React, e a gente usa um framework de CSS/HTML, que é o Tailwind.


Nós temos estratégias para resolver especificamente alguns do Core Web Vitals que eu falei anteriormente:

  • O TBT, por exemplo, a gente usa uma estrutura de islands, de ilhas de conteúdo. Que faz a gente entregar o mínimo de JavaScript necessário pro navegador. Além disso, para lidar com serviços como Google Tag Manager, que é muito comum, a gente usa um outro serviço chamado Partytown, que carrega esse código numa outra thread, num outro momento do código principal, garantindo que seu site vai ficar iterativo muito rápido.

  • Outra métrica que a gente ajuda a melhorar de maneira muito intencional é o LCP. Nele os desenvolvedores têm total acesso ao HTML. Isso quer dizer que ele consegue criar tags para pre-load, para pré-carregar todo o conteúdo no navegador, garantindo alta performance. Além disso, cada imagem é redimensionada e cortada automaticamente no nosso sistema, garantindo que apesar do designer subir uma grande imagem pesada e detalhada, no momento de entregar isso pro navegador, a gente vai entregar os mínimos de bytes necessários para aquele conteúdo funcionar.

  • Por fim, também ajudamos no FCP. O processo de renderização acontece na edge, como a gente já falou várias vezes, perto do usuário. Isso garante que o tempo de latência do servidor para ele renderizar o conteúdo e entregar para o navegador é o mínimo possível. Além disso, a gente tem um sistema de stale cache nas APIs das plataformas de comérciom, que garantem que seu site esteja sempre online, mesmo que haja algum tipo de atraso, significando que a página vai estar sempre pronta, completa e rápida.

Além de melhorar os Core Web Vitals diretamente, ou seja, a pontuação percebida pelo Google, a gente tem também algumas estratégias que melhoram a experiência do usuário, independente da nota:

  • A primeira estratégia é que todo o conteúdo é renderizado no servidor. Isso faz com que as páginas não dependam de JavaScript para carregar. Isso é especialmente importante quando você está acessando o conteúdo de um celular e talvez uma conexão um pouco pior, o que é, na verdade, a grande maioria dos acessos à plataforma de comércio hoje.

  • Nós também pré carregamos conteúdos adjacentes. Pensa comigo a última vez que você ouviu alguma música no Spotify e se você perdeu a conexão, mas ainda tinha algumas músicas na fila tocando? Ou seja, o Spotify já tinha carregado essas músicas enquanto você ouvia a primeira, a gente faz a mesma coisa. Quando um usuário pousa na sua home, ele aterrisa na sua home, o nosso sistema já entende todos os possíveis caminhos que ele pode ter. Ou seja, os links das URL que existem nessa página. Enquanto o cliente está interagindo com aquele conteúdo, a gente já está trazendo o conteúdo das outras páginas. Então quando ele resolve ir pra uma outra etapa, aquele conteúdo já está pronto pra ele.

  • Por fim, o nosso recurso de customização permite que você crie jornadas por audiências.Mas esse conteúdo, como a gente não faz cache do HTML, ele é carregado sempre na hora e muito rápido. Você deve lembrar de uma experiência, por exemplo, usando o Google Optimize, onde você criou um teste e aquele teste era uma troca de banner E quando você vai ver o teste no ar, muitas vezes ele carrega o primeiro banner e rapidamente ele tira e substitui pelo banner do teste, o que é uma experiência péssima e faz o cliente pensar que aquele site tá com algum tipo de problema. Isso nunca vai acontecer na Deco porque a gente sempre renderiza HTML na hora sem cache.

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